Uma vergonha o que estão a fazer ao GFA de Azambuja!!! Mais respeito pela ramagem que representa a terra!!!

Quando eu penso que já nada me irá surpreender no mundo dos toiros tudo isso cai por terra quando tenho conhecimento de certas coisas que são praticadas na festa.

Todos sabemos que um grupo de Forcados é para além de um grupo de homens com paixão de pegar toiros, uma escola de valores, é exercer a honra numa jaqueta e numa terra, é tudo isto que cada um dos verdadeiros Forcados defendem e praticam...

Então vamos começar pelo princípio, está anunciada uma corrida em Azambuja para dia 2 de Junho onde as pegas estão a cargo dos amadores do Aposento do Barrete Verde de Alcochete e amadores de Azambuja o que se esqueceram de mencionar é que neste momento o grupo de Azambuja não existe, sim caros aficionados não existe.

Passo a explicar... o cabo André Letra por motivos profissionais e pessoais teve que dar um fim ao seu cargo de cabo, desta forma e depois de mais de 15 anos nos amadores de Azambuja 3 deles como cabo, colocou o seu lugar à disposição.
Até aqui nada de espantar visto que um cabo não é eterno em funções e tem todo o direito de passar o seu testemunho quando entender, dessa forma visto que não havia um substituto já decidido para tal cargo, foi então decidido pelos elementos do grupo e inclusive pelo próprio André que ficaria o forcado Rodrigo Carvalho, forcado com 16 anos de “casa” nos amadores de Azambuja, forcado que saiu sempre a cabo sempre que André Letra não podia estar presente, até que posteriormente se arranjasse então um cabo decisivo para o grupo, com tempo e cuidado na escolha.

Até aqui também não me parece nada de mal visto que já vi tal situação acontecer em outros grupos, o que é certo é que nada disto aconteceu, André Letra e Rodrigo Carvalho foram a uma reunião que teve lugar na câmara de Azambuja no dia 1 de Abril, reunião essa convocada pela Poisada do Campino, onde estavam presentes antigos Forcados do grupo de Azambuja, e onde directamente foi dito tanto a André Letra como a Rodrigo Carvalho que a Poisada do Campino já tinha tomado a decisão do futuro do grupo de Azambuja, também não ficou por dizer tanto a um como a outro algumas coisas menos bonitas de ouvir...

A primeira opção para cabo dos amadores de Azambuja era um forcado vindo do Alentejo que ao que tudo indica tinha feito parte dos amadores da Amareleja, mas mais tarde chegaram à conclusão que afinal tal pessoa não reunia os requisitos para ocupar tal cargo, então foi posto na mesa tal ideia (que na minha opinião é ridícula, sem sentido e completamente desprovida de respeito por quem vestiu anos a fio a jaqueta dos amadores de Azambuja), então a ideia era a seguinte:

Convidar os elementos e o cabo do grupo de Alenquer para irem para o grupo de Azambuja, acabavam com o grupo de Alenquer e ficariam todos em Azambuja e onde o cabo de Alenquer  ficaria como cabo de Azambuja!!!

Desculpem mas eu acho isto vergonhoso, então os elementos que ficaram nos amadores de Azambuja já não são precisos para nada??? O Forcado Rodrigo Carvalho que arriscou 16 anos da sua vida com a jaqueta dos amadores de Azambuja vestida já é completamente descartável e tomam lugar uns tantos Forcados que não são da terra, um cabo que não faz parte da história do grupo, nunca fez, nunca pertenceu ao legado....

Não condeno que até fossem para os Amadores de Azambuja se a vontade é pegar toiros ( e lá está cada um está onde acha que tem que estar e onde os seus princípios os levam e comandam) e com o grupo afastado por várias vezes da possibilidade de inclusão da associação não o consiga fazer em Portugal ,o que eu acho inadmissível é o cabo de Alenquer ser uma opção para o lugar deixado por André Letra.

Ainda mais me espanta que os Amadores de Alenquer que tanto lutaram e falaram em relação ao amor ã jaqueta, à terra a abandonem assim num piscar de olhos, mas aí as ações já são para quem as pratica.

Espero sinceramente que a Poisada do Campino que por pagar os seguros do grupo de Azambuja manda e desmanda no grupo pense bem no que está a fazer porque se há coisa que tem que ser preservada na festa são os valores, a ética e a história que uma jaqueta carrega e história que foi criada por quem a vestiu e deu o coiro por ela.

Acho que isto não é a forcadagem que aprendi a ver, que aprendi a amar, uma terra tem muito mais valor que tudo isto que se está a passar, uma ramagem carrega uma história que foi escrita com sangue, suor e lágrimas por quem a vestiu....

Por último penso que se existe um cabo por alguma razão o é e se quem paga seguros tem um papel tão decisivo então que tenham cuidados todos os grupos que têm ajuda por parte das câmaras porque algum dia são elas a ditar e ter ação por quem comanda o grupo e por tudo o que nele se passa!!!

Aos amadores de Alenquer em especial ao cabo apenas sugiro que não se esqueçam de tudo o que disseram perante todos os cabos para fazer parte da ANGF e todas as palavras que proferiram, palavras essas que  tinham o nome de Alenquer como fundo....

Sem dúvida que um forcado o que mais deseja é pegar toiros, mas para os pegar não podem ser colocados de parte os valores e princípios que os ensinaram a bater palmas a um toiro.
Querer pegar toiros não pode ser motivo para um vale tudo, exemplo disso vejam os Académicos de Coimbra que não estando associados pegam em Espanha e em Portugal quando podem e são fiéis a eles mesmos e à terra que carregam nas jaquetas.

Ao André e ao Rodrigo e a todos aqueles que ficaram nos amadores de Azambuja apenas tenho a dizer que até podem ser poucos mas os poucos que são ficaram sempre na história do grupo e acreditem na parte mais bonita...

Vamos ver quem veste as jaquetas dia 2 de Junho....

Já agora ser forcado não é vestir uma jaqueta por vestir, é sim honrar uma ramagem que é sua e que vira pele de quem a veste e representa!!!!