Cumpre-se hoje 50 anos de história, arte, valores e princípios do GFA de Coruche e do GFA de Alcochete!!! Muitos parabéns aos grupos

 24 de Junho de 1971 será sempre um ano de grande relevo tanto para o Grupo de Forcados Amadores de Coruche assim como para os amadores de Alcochete, cumpre-se hoje 50 anos de história de dois dos melhores grupos de forcados do nosso panorama taurino, 50 anos a honrar e dignificar a arte de pegar toiros assim como as terras que cada um representa.


Como aficionada peço que eternamente continuem a proclamar os vossos valores e princípios a todos aqueles que um dia queiram envergar a vossa jaqueta, que nos permitam a nós aficionados encher o olho com as vossas prestações e que continuem esses homens de bem. 

Para todos os aficionados aqui fica uma pouco da história de cada grupo, salientar, agradecer e enaltecer a actual direção da ANGF que permite aos dias de hoje uma informação necessária sobre os grupos associados do nosso país e que me permitiu usar a informação que em seguida irei partilhar de cada um dos grupos aqui mencionados. 

Aos amadores de Coruche e de Alcochete venha vinho, saúde e toiros!!!

 Breve Historial – Grupo Forcados Amadores de Coruche

O Grupo de Forcados Amadores de Coruche fez a sua estreia oficial na praça de toiros das Caldas da Rainha, em 24 de Junho de 1971, numa corrida nocturna em que actuaram os cavaleiros José Mestre Baptista, José Barahona Núncio e Luís Miguel da Veiga.
Para além dos Forcados de Coruche pegaram também os do Montijo de António Sérgio, sendo lidado um curro da ganadaria do Sr. João Gregório (da Azinhaga).

O primeiro Cabo do Grupo foi João Costa Pereira e foi a seguinte a sua primeira formação:
Joaquim de Sousa, António Manuel Roberto, Luís Tomaz, Vital Malta, Jorge Gomes, Afonso Grilo, António João, Alberto Caçador, João Felismino e Victor Tomaz. De salientar que todos estes Forcados eram naturais e residentes em Coruche.

Ainda no ano de 1971 o Grupo fez a sua apresentação em Coruche actuando no dia 17 de Agosto na corrida das Festas em honra de Nossa Senhora do Castelo, actuando, desde então, sempre na corrida, onde por tradição, tem pegado um curro de seis toiros.

Em 1973, a 12 de Junho, actua pela primeira vez no Campo Pequeno e efectua aquela que foi considerada a melhor pega da noite. Actuavam então também os Forcados de Montemor-o-Novo e Évora.

Na temporada de 1974 faz a sua apresentação na Monumental de Santarém sendo distinguido com o prémio para a melhor pega da Feira, através de António Manuel Roberto, o forcado que em 1971 tinha pegado o primeiro touro do grupo nas Caldas da Rainha.

Desde da sua formação, o Grupo de Forcados Amadores de Coruche teve cabos, que dentro as suas potencialidades conseguiram que o grupo tivesse uma actividades regular.

Nomes como, João Costa Pereira (Cabo fundador), José Tadeia, António Tabacão, Francisco Tomaz, Alberto Simões, Vítor Tomaz e José Ribeiro da Cunha, foram até ao ano de 1992 os nomes que tiveram ligados aos destinos do grupo sorraiano.

Na temporada de 1992 toma a chefia do grupo Jesuíno Mesquita, exercendo funções até Agosto de 2001. Começou aqui como forcado, tendo também feito parte do Grupo de Montemor. Em 1991 regressa ao Grupo de Coruche para desempenhar o cargo de cabo.


No ano de 1996, por ocasião das Festas do Castelo, são oficialmente comemoradas as “Bodas de Prata”.

È com Jesuino Mesquita que o grupo passa por uma das suas melhores fases, tornando-se proeminente a nível nacional. Em 1997 o grupo pega sete corridas de seis toiros – três em França e quatro em Portugal.

A 17 de Agosto de 2001 o Cabo Jesuíno Mesquita passa o testemunho a Amorim Ribeiro Lopes que liderou o Grupo durante 15 anos  alcançando importantes triunfos continuando a elevar o prestígio, fazendo do Grupo de Forcados Amadores de Coruche uma referência para os demais, marcando presença assídua nas praças e carteis mais importantes de Portugal.

Em 17 de Agosto de 2016 assume a liderança do Grupo o atual cabo, José Macedo Tomás, que tem a responsabilidade de conduzir o Grupo quando este se prepara para comemorar meio século de existência.

O Grupo de Forcados Amadores de Coruche é atualmente um dos mais prestigiados Grupos portugueses que graças a seu estilo de comunicação de grande proximidade com o público aficionado goza de uma legião de seguidores que acompanham permanentemente a atividade do Grupo vibrando com os seus êxitos.

O Grupo de Forcados Amadores de Coruche está constituído em associação desde o dia 31 de Março de 1995, registado no Cartório Notarial de Coruche.

O Grupo tem a sua própria Tertúlia a funcionar na praça de toiros de Coruche, local que serve também de Sede à Associação de Forcados Amadores de Coruche, da qual são associados antigos e actuais forcados, assim como aficionados em geral.

No seu largo historial contam-se as atuações em Espanha, França, Estados Unidos da América (Califórnia) e no Canadá, levando a arte de pegar touros e o nome de Coruche que orgulhosamente ostentam.”

“INFORMAÇÃO ENVIADA PELO ACTUAL CABO NUNO SANTANA

A 24 de Junho de 1971 é fundado o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, numa saudosa reunião efectuada no Moinho de Vento no Canto do Pinheiro de Alcochete.

Na qual se juntaram os forcados João Perinhas Mimo, Gregório Bolota, José Barrinha da Cruz, Francisco Sequeira, Aníbal Pinto, Alberto Silva, José Pinto, Estêvão Augusto de Oliveira, Filipe Sequeira, Manuel Pinto, Augusto Henrique de Oliveira, António José Pinto, João Rei, João Barata da Silva, Manuel Jorge Marques, António Manuel Cardoso aos quais se juntaram os amigos António Seabra da Cruz, António Faria dos Santos, Francisco da Costa Salvação, Paulo Penim, Vítor Marques e Joaquim da Costa Godinho.

É pelo comando de João Perinhas Mimo que o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete se apresenta pela primeira vez em Praça, a 21 de Agosto de 1971 na Praça de Toiros Amadeu dos Santos, no Montijo perante seis Toiros de Rio Frio.

De João Perinhas Mimo, cabo fundador, destaca-se o seu forte poder de organização, capacidade de liderança, flexibilidade e sensibilidade para lidar com tão ingrata tarefa de conduzir um novo grupo. Comandou até Abril 1984, ano em que se despede, em Alcochete, perante toiros de Paulo Caetano. Após catorze épocas de chefia sábia, entrega ao seu sucessor um grupo bem consolidado, prestigiado e com os seus princípios bem definidos.

António Manuel Cardoso foi o forcado eleito para comandar o Grupo entre 1984 e 1995. É sob a sua responsabilidade que, nesta década, o grupo não só atinge o topo da tauromaquia nacional, como a tragédia lhe bate há porta. A morte repentina, e em tão pouco tempo, de dois jovens forcados na posse de todas as faculdades físicas e técnicas para pegar toiros, deixa o Grupo chocado e abalado durante muito tempo.

Nestes momentos duros, difíceis e dolorosos, emergiu um enorme sentido de unidade de todos quantos vestiram a sua “jaqueta” e, em conjunto, foi possível ultrapassar esta fase mais crítica. Queremos realçar também a solidariedade de todos os outros grupos.

A força e a união do Grupo fizeram com que este período difícil fosse ultrapassado, com muito sofrimento é certo, mas vencido e com a certeza de ter tornado o Grupo mais forte perante qualquer adversidade. António Manuel Cardoso retira-se a 31 de Agosto de 1995, na Praça de Toiros do Campo Pequeno, com Toiros de António Coelho Charrua.

Sucede-lhe João Pedro Bolota. Forcado de eleição, de vida dedicada à arte de pegar toiros e ao seu Grupo, este cabo mantém o Grupo durante o seu comando na senda dos antecessores com actuações de grande mérito e presenças assíduas nas melhores feiras taurinas, permitindo ao Grupo continuar a figurar no “escalafon” dos “Românticos” da Festa Brava.

A 1 de Julho de 2007, em Alcochete, e perante um Curro de Toiros de Pinto Barreiros, João Pedro Bolota despe a “jaqueta das ramagens” após uma carreira de 33 anos de forcado e entrega o comando a Vasco Pinto. Empenhado, orgulhoso da Terra e do seu grupo, Vasco Pinto empregou-se durante 9 anos numa liderança de mobilização e congregação da familia Amadores de Alcochete emprestando-lhe uma visão actual e activa.

Notabilizando-se como um dos melhores forcados da sua geração, Vasco Pinto, despede-se das arenas ao final de 18 anos de forcado na Corrida Comemorativa do 45º Aniversário do Grupo, no dia 17 de Junho de 2016, reunindo em sua volta mais de 100 forcados fardados entre antigos e actuais, entregando a liderança a Nuno Santana.

Nuno Santana, forcado experiente e de vida dedicada aos Amadores de Alcochete tem dado continuidade a uma liderança de proximidade e coesão entre todos os elementos. Ao longo do seu curto trajeto como cabo já teve de lidar com a difícil situação de perda de um elemento, Fernando Quintella, em consequência de uma colhida na Praça de Toiros da Moita, a 15 de Setembro de 2018. Conhecedor do ADN do nosso Grupo tem transmitido aos mais novos a exigente missão de representar os Amadores de Alcochete.

No Historial do Grupo, constam actuações em todo o País e Ilhas, Espanha, França, México, Canadá e Estados Unidos da América. De realçar a recente presença na maior Praça de Toiros do Mundo “La México”, no dia 1 de Janeiro de 2018, e primeira Corrida “Goyesca” com forcados, aquando do 2º Bicentenário da Praça de Toiros de Ronda, realizada a 7 de Setembro de 1985, na qual foram pegados dois toiros em pontas da ganadaria de D. Belen Ordoñez.

Sendo Alcochete conhecida pela sua aficción e terra de famosos forcados, cabe aos actuais a responsabilidade de honrarem a imagem do forcado alcochetano, assim como darem a conhecer a outros povos e culturas, esta genuína, única, e tão “nobre arte de forcado português”.

É certo que nos esperam momentos de sorrisos e de lágrimas, optimismo e angústia, medos e valentia mas, com o apoio de antigos elementos, amigos, familiares, e essencialmente com a amizade e a união fomentada em muitas tardes e noites de “toiros”, tudo será recompensado!”





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